23.9.08

Réquiem para vira-lata

morre sozinho, meio-dia
ferido da cauda ao focinho

em plena via pública
o corpo inerte

segue meus passos
como transeunte

vem mendigar
póstumo afago

gemidos pressentidos
quedam em olvido

obliterados os restos
a rua descansa em paz

meus olhos seguem feridos
pela dor que ele não sente mais


(Aracaju, 18 de setembro de 2008 – "Façam um texto sobre algo que fira a sensibilidade de vocês, algo que se vê na rua...")

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Já lhe disse que gostei, né?

Beijo,

Pablo
http://cadeorevisor.wordpress.com

11:48  
Blogger Carol Barcellos disse...

Nota da autora:

O vira-lata do texto é fictício. Nenhum animal foi ferido na produção deste blogue.

Beijomelhigadireitodosanimais

10:30  

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