30.8.08

Dever de casa

Dever de casa é servir de moradia.

xxx

Primeiras tentativas:

Sobrevivente

O ar é mais que alimento
do corpo mergulhado na peleja.
Sonho submerso,
sem pensamento.
O nadador apenas deseja
em líqüido universo.

Adiar a morte é ofício.
Estar vivo, artifício.
Na humana embarcação,
de hélices musculares, vão
os restos gasosos da nau viva.

Há que nunca estar à deriva.

xxx

Anoitece (ou o haicai sem rodinhas)

Toda ausência é mais real
Quando o céu esfria

xxx

Poétique pour débutants:

Não faças versos sobre o gato que morreu
Nem sobre o braço que adormeceu

(falo bobagem porque o blogue é meu)

xxx

Aqui jazz a música clássica.
E também a minha carreira de poetinha.

sempre no improviso:
muito riso
pouco siso

(inspirada na dor alheia; e ela também ainda não é poesia)

"Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado."

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

parece que esse tio vai conseguir tirar uma ruma de ouro do armário.

viva ele, viva tu. tudo lindo.

=*

18:52  
Blogger Carol Barcellos disse...

Tio, aperta o 19.
(pelo menos enquanto a namorada sibilina sibite lá residir)

Qu'est-ce que je peux faire, princesse?
Je suis amoureuse de lui. Aussi.

Será que é essa coisa de me chamar de Carolina? (assim inteiro, em vez de carol)

(soupir)

22:23  

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